sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Suor


Nossos corpos se acariciavam, enquanto penetrávamos, numa realidade paralela, onde nada “real” nos importava.
Nossas bocas, se tocavam, tentando matar a cede, na saliva um do outro.
Nossos olhares atravessavam qualquer métrica que eu possa exemplificar.

Se há algo, que possa nos aproximar do “divino”, creio que seja o amor, na sua forma mais carnal e humana, porém entre almas que conversam no silêncio dos gemidos.

Aquele encontro foi inesquecível.
Seus cabelos cheirosos...
Seu belo e delicado pescoço...
Seus ombros sedutores...
E seus braços de bailarina, que me envolveram, como tentáculos...
Seus seios, como duas suculentas e perfumadas peras recém colhidas...
Seu ventre macio e convidativo...
Suas ancas, que se apresentavam como o leme de um navio que deseja ser conduzido...
Suas pernas chamavam pelos meus lábios, que não poderiam resistir à tão agradável convite...
E entre essas, nossos lábios se tocavam.

Os suores dos nossos corpos se misturavam enquanto nossas almas conversavam; Minhas mãos, não cansavam de percorrer o seu belo corpo; Meus Lábios sussurravam gemidos ao pé do seu ouvido, e ela respondia com seu canto; E quando nossos corpos se alinharam em uma sintonia perfeita, explodimos em coro, e caímos exaustos e felizes, e assim ficamos, até nos reencontramos no mundo dos sonhos.

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